Rio - Relatório divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda indica que
o Estado do Rio de Janeiro já ultrapassou em 2015 o limite de 60% de
gastos com pessoal estipulado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Neste caso, a legislação exige a adoção de corte de comissionados, de
servidores não estáveis e até estatutários em última instância.
Secretarias
estaduais de Planejamento e de Fazenda contestam os números da União e
dizem que a folha de pagamento representava cerca de 43% de despesa em
relação à receita corrente líquida. A divergência dos números é
explicada pela diferença na metodologia de cálculo utilizada pela União e
pelo Estado. E para unificar esses dados, o governo federal pede, pelo
Projeto de Lei Complementar 257/2016, que os estados usem o mesmo
método, contabilizando gastos com terceirizados e o que é descontado
para Imposto de Renda.
De acordo com o documento, os gastos
com inativos subiram 118% em um ano: de R$ 24, 5 bilhões em 2014 para
R$31,6 bilhões em 2015. Para o deputado Luiz Paulo Correa (PSDB), o
estado já deveria ter tomado medidas para enxugar gastos:“Tem que
diminuir secretarias e cortar comissionados”, diz o parlamentar, que
explicou uma das diferenças da base de cálculo: “O estado usou R$ 7
bilhões de depósitos judiciais alocados no Rioprevidência como receita
líquida, reduzindo o valor de despesas. A União não considera esse
cálculo”, diz. “Já passou da hora de fazer os cortes”, critica o líder
do PMDB na Alerj, André Lazaroni.
Fonte: Jornal O Dia
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